4.12.08

IX Festa do Livro USP

Eu tava olhando (na verdade um tempo atrás) que a penultima postagem por aqui até então era sobre a Feira do Livro da FFLCH, agora chamada Festa do Livro [será que isso atrai mais gente? (mais ainda?!?!?)]

Então, agora no início de novembro teve a deste ano, agora Festa, e não mais feira...o melhor de tudo é que coincidiu com o Festival Ex Toto Corde, que foi la na Cidade Universitária e um dos três dias de festa foi bem no penúltimo dia de festival, que era um dia livre (na verdade foi o dia de preparação pra maratona, onde todo mundo iria tocar uma peça que preparou durante o festival)...obviamente eu fui lá nesse dia, e dessa vez tive a companhia de uma baixista amiga minha, de Curitiba, que também é louca por livros...companhia naquelas, já que é tanta gente e cada um procurando uma coisa que a gente acabou se separando e as vezes nos esbarravamos pela feira (de festa num tinha nada)...gastei uma bela grana, graças as minhas economias voltadas para este dia, guardadas das minhas aulas de professor da gurizada no Guri...entre os livros, que pra variar são de música ou algo relacionado com, comprei três livros de uma coleção que deve ser de uns sete volumes chamada "Revoluções do Século 20", coleção que tem a professora Emilia Viotti como diretora...comprei os volumes da Revolução Cubana, das Revoluçôes Russas e o Socialismo Soviético e da Revolução Iraniana, este último que ja estou lendo e é muito bom, altamente recomendado para quem possa se interessar pela história do país ou da região, desde sua formação até a crise do petróleo e hoje em dia...
Além disso comprei um livro sobre Shostakovitch: Vida Música e Tempo e outro de título "Para compreender a música de hoje", este último ue ainda nem passei o olho, mas parece legal e me chamou a atenção por trazer junto um cd com as músicas citadas ao longo do livro!
Ainda comprei o livro do Plutarco, Sobre a Tagarelice e outros textos, que vem bem a calhar, já que ultimamente tem momentos que nem eu me aguento de tanto que eu falo...voltando a editora dos livrinhos revolucionários, comprei um do Jonathan Swift, Modesta proposta e outros textos satíricos, mesmo Swift das Viagens de Gulliver, que estou quase acabando, em inglês (comecei antes de fazer a prova do TOEFL pra praticar, mas o livro é antigo demais e tem palavras bizarras que nem americano conhece, imagino eu) e outro do benjamin Franklin, chamado Como escolher amantes e outros escritos, que me chamou a atenção pelo nom e tava baratin´, como o outro...
Ainda comprei dois livros pedantes, pra manter a imagem de historiador, que são eles Sobre o Suicído, do tio Marx e A Revolução de Outubro, do tio Trótsky! Comprei também 3 livros musicais, sendo dois deles pelo autor, que são professores/diretores lá do Guri e me chamaram muito a atenção, mas não sei bem sobre os livros...
No fim, gastei uma graninha, mas nem metade do que eu gastaria se eu fosse comprar eles numa livraria normal (porque se fosse depender da livraria, eu compraria uns 3 desses todos)

E escrevi ao som (no fone de ouvido, as caixas de som continuam bichadas) de música africana, mais específico, o disco terra africa- didgeridoo and percussions dafrica. Ainda vou ter um Didgeridoo, assim como uma tabla, uma sítara-baixo e um clarone...ah, quem sabe também um xilofone, uns tímpanos e uma tuba...e não podem faltar os taikos!!!

29.11.08

O que estava no papel...

Atendendo ao pedido do leitor solitário e esperançoso, que espera um dia ver esse blog funcionando e atualizado com frequencia, vou falar do papel...

Estava eu sentado no consultório a espera da minha sessão de fisioterapia, já que eu peguei ou contrai ou sei la o que uma tendinite no ombro direito, por tocar tenso e torto...isso foi em agosto de 2007, quando fiquei quase uma semana sem tocar contrabaixo...no fim desse ano eu fui fazer fisioterapia pra ver se passava, porque antes antes as dores iam e voltavam...então no meio de 2008, se não me engano (agora não me pergunte quando...foi no meio) eu voltei a fazer, já que as dores tinham voltado, com menor intensidade...então, estava lá eu, esperando pra ser atendido e apreciando as pessoas ao redor...tinha uma senhora e sua filha, duas madames no melhor estilo peruas, falando de futilidades da maior qualidade! Tinham as atendentes e um cara sentado do meu lado, com seu filho pequeno, devia ter entre 3 e 5 anos (ou mais, quem sabe) e que só queria um pouco de atenção, desejo não correspondido...pegou uma revista, o pirralhinho, maior que ele e ficou vendo as fotos...viava uma página, virava pro pai e dizia "ollha pai", que por sua vez, sem virar pro lado, fazia um "hum", depois era "ãhã", e o repertório se estendia, mas já num lembro mais (num me alembro não, sô)...então uma hora o garotin' desistiu da revista e foi olhar o que o pai estava vendo...então, o fato que me chamou atenção, o que não quer dizer que seja algo fantástico, como muitos poderiam esperar de todo este suspense, tinha uma sessão de fotos duma mulher em poses provocativas e seminuas...daquelas revistas que mostam mas num mostram, deixando o resto a cargo da frutifera imaginação individual...o garotinho então acompanhava a sessão e o que eu achei engraçado é que o pai, concentradíssimo na matéria, apontava a foto mostrando pro garoto e dizia, num volume de voz meio sussurado "olha", ou "hummm" (apesar de semelhante aquele citado anteriormente, note a enfase e maior empolgação!!!) ou simplesmente uma respirada mais forte...então você se pergunta: e qual a importância disso???

Quando eu vi isso eu voltei a pensar ou tentar me colocar no lugar dessas pessoas e da criança...eu sempre vejo no metro ou na rua, crianças deseperadas por atrair a atenção de seus pais e estes ignorando eles totalmente! Fazem de tudo por atenção, parece até filme e os pais não se dignam nem a olhar pro lado ou quando se dirigem à criança, fazem um "ãhã" ou mandam calar a boca, já que a mãe ta conversando com a amiga, sobre a novela ou sobre o escandalo do vizinho, muito mais importantes do que seu próprio filho...bem, pra resumir, eu não entendo pra que esses pais tem filhos, supondo que a maioria tenha tido eles propositalmente, não sendo eles frutos de um ato de empolgação impensada...

Apenas uma observação, esse post foi escrito em dois atos, e como manda a regra, a inspiração estava restrita ao primeiro ato...portanto, sem inspiração, sem assunto...infelizmente!

26.10.08

Atendendo a pedidos, fiz alguma coisa neste blog...principalmente porque eu encontrei a imagem do titulo e queria voltar a usar...

Bom, é só isso que eu tenho a dizer agora mermo...ainda preciso ir la votar, algo que as ultimas pessoas que tem lido isso aqui não precisam fazer, né?! Só digo uma coisa, as opções são ótimas!!!

E pra terminar, num tem trilha sonora, já que a caixa de som do pc (novo por sinal, depois de 10 anos usando um 233) da bichada e barulhenta, cheia de ruídos...

6.7.08

"Com direito à minha concepção de hierarquia dos diversos aspectos (da interpretação musical), eu diria para concluir: logo abaixo da obra, que deve sempre vir em primeiro lugar, na minha opinião, vêm a paixão e a imaginação do artista. Quanto à interpretação, julgo inadequada aquela do músico que tecnicamente realiza tudo com perfeição, que respeita todos os aspectos da articulação, que segue estritamente aquilo que se encontra nas fontes, que emprega o instrumento correto, que toca em temperamento mesotônico, que escolhe o tempo correto, mas a quem falta uma coisa: a musicalidade, ou dito de forma mais poética, o favor das musas. Isso é cruel, mas nesta profissão aquele que não teve a sorte de ser beijado pelas musas, jamais será um músico. Pois um artista verdadeiro, embora possa cometer erros e fazer coisas que se demonstrem erradas, é capaz de fazer com que a música penetre na pele do ouvinte, tornando-a realmente próxima dele. Ao passo que um outro, poderá dar-nos uma interpretação que, mesmo interessante, não consegue mostrar-nos o que é de fato a música, e é incapaz de oferecer-nos uma expressão que nos fale diretamente, que nos perturbe e nos transforme." [1]

[1] Harnoncourt, Nikolaus: O Discurso dos Sons: caminhos para uma nova compreensão musical; Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1998. Musik als Klangrede, Wege zu einem neuen Musikverständnis; 1982, Residenz Verlag, Salzburg.
Mais alguns meses se passaram e nada de postagens...na verdade eu achava que ninguem mais lia isso aqui, mas o nosso fiel leitor, sr. Griffin Yard, esteve acompanhando, mesmo que com menor regularidade, mas eu não esperava mais dele...como sempre, eu penso em muitas coisas pra escrever quando estou na rua ou mesmo na sala de espera dum consultório, mas quando chego em casa nem lembro mais o que ia escrever...por isso mesmo, no tal dia do consultório, eu fiz uma anotação num papel velho que não ajudou muito, para não esquecer o que eu pretendia escrever...não esqueci, mas também não será agora que vou escrever...a não ser que desça uma santa inspiração de algum lugar...quem sabe?

13.2.08

Ontei finalmente terminei de ler a história do Moby Dick. Cheguei a comentar com algumas pessoas sobre o livro, recomendando mas ao mesmo tempo alertando para o seu desenvolvimento. O início é demais, prende você e daquele jeito que você sempre quer saber o que acontecerá a seguir. Isso antes do banco zarpar. Depois que ele vai ao mar, então o autor, Herman Melville, passa a abordar tudo que você pode imaginar sobre as baleias e sua caça, desde os tipos de baleias e os equipamentos presentes num navio baleeiro até descrições menores como os diferentes tipos de maxilares e caudas das baleias, mas não sem importância. O incrível é quando o Leviatã, como se reférem a Moby Dick, surge, após longas 370 páginas. Só então que entendi o motivo de tanta demora que chega a parecer enrolação. É como se fosse uma confirmação de uma lenda, ua legitimação. Todo o desenvolvimento do livro vem pra legitimar a importância e a força da grande cachalote de cabeça branca e evita que pareça exagero tudo que acontece quando ela surge. Dá vontade de contar o final, o qual eu não sabia antes de ler e ainda bem que não, se não estragaria e provavelmente eu não teria tido saco pra terminar. É um fim surpreendente mas ao mesmo tempo previsivel!
Esse é um daqueles livros que você tem que ler com calma e degustar cada palavra, como se estivesse saboreando uma comida, um doce pequeno. As descrições que o autor faz das cenas que acontecem, dos locais, como o grande oceano a frente do baleeiro e tantas outras cenas descritas são incríveis e, se "degustadas" de forma apropriada, faz com que você se sinta dentro do navio ou a água voando no seu rosto e todo o clima e emoção vivenciados pelos marinheiros. Mas como aconteceram algumas vezes enquanto eu lia, se estiver sem paciência e tudo o que quiser saber na hora é de emoção e de saber o que raios vai finalmente acontecer, essas longas descrições podem ser incrivelmente insuportáveis...nessas horas eu fechava o livro e deixava pra quando estivesse com paciência e vontade de ler e calma para aproveitar cada palavra.